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sexta-feira, 28 de agosto de 2015

#best of my week

- The LeftoversPara mim o Juatin Throux era apenas o noivo da Jennifer Aniston mas graças a esta série que comecei a ver esta semana descobri que não só tem um grande corpo como é um excelente ator. Liv Tyler aparece porá e com aquele ar de moida ilumina o écrã de cada vez que aparece. Confesso que está longe der ser uma cena light, mas é uma viagem escura que vale a pena fazer: bem filmado, com uim argumeto inteligwente em que a sconexões e revelações das personagems se vãop fazendo em crescemndo, prende-nos, sem saber onde tudo aquilo vai parar, sem saber o que é este mundo que parece tãop iguial não fosse o dia do Desaparecimento. Vou ver os outros episódios a correr. Gosto do tempo que demorarm nas personagens, o amor que lhes deedicam e como vão deixndo em caa um dos episódios elas ganharem forma. Muito, muito bom

Mr Robot: fsociety

Tenho um lado que é do contra desde que me lembro de mim. Não gosto do mundo em que vivemos. Isso não faz de mim, acho, uma pessoa negativa. Tento tirar o máximo partido, prazer, proveito, de tudo. Sentir-me grata pelas coisas boas. Mas não acredito num mundo feito de regras, imposições, desigualdades, formas modernas de escravidão a uma máquina movida pelo interesse de uns poucos, que obrigam os outros, a maioria, a baixar a cabeça e a submeterem-se a injustiças, exploração, créditos a oitenta anos, e outras coisas afins. Penso que há algo profundamente errado num mundo em que 2% detém 90% de toda a riqueza. Existe alguém por aí que partilhe as minhas ansiedades ou o meu espírito de revolta. Há, pelo menos na ficção, que é onde a minha alma tantas vezes encontra consolo. Chama-se Mr Robot e é uma série. Sim,uma série cuja primeira temporada de oito episodios tornou as minhas noites não só mais emocionantes, como inteligentes e questionadoras. Senti que não estava sozinha e não precisava de morfina para partilhar muitas daquelas ideias que atrofiam a mente do jovem e anti-social programador (e hacker) Elliot (Malek) e que é recrutado para uma organização que deseja acabar com as grandes corporações nos Estados-Unidos. O líder é um misterioso anarquista chamado Mr. Robot (Christian Slater).Mais novidades em breve!

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Enquanto Somos Jovens: o que resta aos quarentões a não ser ter filhos, hem?




Algumas reflexões… Será que estamos condenados a sermos uns chatos rotineiros quando deixamos de ser jovens (e quando é que isso acontece ao certo?) Será que ter filhos é a única forma de preencher o vazio com a chegada dos 40? Será que todos os representantes da geração X são jovens intelectuais hipsters, adoradores de vinil e de cassetes VHS, que veneram roupas vintage?

Estas questões surgiram quando vi no outro dia, incitada por uma amiga mais velha, o novo filme de Noah Baumbach (realizador que me conquistou com A Lula e a Baleia (2005) e Greenberg (2010)), While We're Yong ('Enquanto Somos Jovens') com Ben Stiller e Naomi Watts, nos papéis principais - logo aí não ia nada contrariada, porque adoro os dois.

#Cenas da vida real



sábado, 15 de agosto de 2015

True Detective: fraquezas e diamantes de uma série que fez o meu coração sofrer





(SPOILER ALERT)

Não é preciso bater mais no ceguinho. Já estou chateada que chegue com aquele final. Atenção - não é um mau final, antes pelo contrário. Mas é que eu, tonta, entusiasmada pela redenção que é oferecida às duas personagens - interpretadas por Matthew McConaughey e Woody Harrelson -, na primeira temporada da série True Detective, guardei até ao fim a esperança numa Salvação, mesmo assim, com letra grande, pelo menos para um dos homens fortes da segunda temporada.

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Interstellar: um 'ganda' filme de ficção científica

Não sou fã de ficção científica. Não me aquece nem me arrefece Não acho piada por aí além a nenhum dos novos filmes da saga 'Guerra das Estrelas', excepto os três primeiros, mas isso é porque são já vintage, e para mim o ‘Star Treck' é coisa de geeks. ‘2001 Odisseia no Espaço’, de Kubrick, não qualifica para esta categoria (demasiado conceptual) e ‘Blade Runner’ é, para mim, o ex-líbris do género.
Por isso – e porque não se fazem ‘Blade Runner’ por dá cá aquela palha -, geralmente quando assisto a um exemplar desta natureza, é sempre com um suspiro resignado de lá terá de ser, não podes ser sempre tu a escolher os filmes que se vêem nesta família, mas impossível conter o trauma que me ficou pelo tempo perdido a assistir ao 'Dia da Independência'. 

Por isso mesmo, ‘Interstellar’, com Matthew McConaughey, Anne Hathaway, Jessica Chastain, foi um surpresa renovadora da minha esperança na ficção científica, prova absoluta que esta pode ser feito com algo mais do que toda a artilharia pesada dos meios técnicos, efeitos especiais atirados aos nossos olhos e que se esgotam em si mesmos e heróis estereotipados e musculados que vão salvar o mundo com armas e o Armagedão à mistura (atenção que a personagem de Matthew tem também como missão salvar o mundo, mas de herói típico pouco tem – Cooper é mais do estilo hero-next-door). 

O filme podia ter menos vinte minutos, é verdade, e não parece que a narrativa ou o efeito que a história tem em nós (sim, porque somos tocados no coração, piroseira à parte, em algumas cenas pai-filhos) fosse afectada, mas perdoa-se uma certa lentidão em determinadas partes. É que a visão de uma terra a finar-se, envolta em espessas tempestades de pó que contaminam os pulmões e obrigam a uma morte lenta, num cenário negro em que se esgota a comida e a esperança de sobrevivência de toda uma geração, ou a apoteose da viagem de Cooper para uma outra galáxia, em que o tempo se estica quase até ao infinito invertendo a noção de linearidade da física moderna, ou as visões de outros mundos, que nos soam tão realisticamente fantásticos, concebidas pelo realizador Christopher Nolan, ou a magistral interpretação de Matthew McConaughey, que nos redime e dá vontade de partir, de partir e de ficar ao mesmo tempo, partir para vivermos o que desejamos – não para salvar o mundo, porque, antes de mais, o que Cooper quer é viver o sonho de criança de ser astronauta -, e por fim, o argumento, inteligente e humano (como pode um filho envelhecer antes do pai e não enlouquecer?), tornam este um grande, grande filme.